Pirraça
Amo assim, à toa, por impulso,
sem intento, de leve, numa boa,
como quem ama a lua e o vento.
E neste curso calmo da natureza,
não questiono por que seja assim
e não minto acerca do coração.
Mas, se encontro tempo, examino
a razão desse anelo que sinto.
Sento numa praça e volto no tempo
e percebo a razão do sentimento,
que solene desde a infância carrego,
talvez por necessidade própria.
Esta pirraça de menino carente,
ainda está presente, não nego:
vazou-me da infância e permanece.
Sei que amo, por apelo inapelável
dessa instância perene em mim!
Autor: Expedito Gonçalves Dias(Profex)
Escrito em Varginha/24-08-2010/ às 19:00 h
(Imagem do google)
(Imagem do google)
Deixem minha lira soar
Apesar dos açoites da vida
todo dia libero o coração.
Deixem soar a minha lira
pois é na pauta desta melodia,
uma tira em branco no ar,
Nela, uma a uma, coloco,
as palavras incontidas
que vazam pelo ladrão...
Autor: Expedito Gonçalves Dias(Profex)
Escrito em Varginha/25-08-2010/ às 11:00 h
(Imagem do google)