Música, Literatura, Terra do ET, BRICS, Atividades da APESUL e Reflexões...
Mostrando postagens com marcador Quietude. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Quietude. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mande a Sua! - Um pouco de silêncio!

LEU? GOSTOU? COMPARTILHE!
 O texto de hoje foi enviado por Giselle Figueiredo de Varginha-MG, por e-mail:  lejadore@hotmail.com
 Trata-se de um assunto crucial nos tempos de hoje: reconquistar o silêncio perdido. Os paradoxos da vida moderna e o clamor do nosso eu interior pela verdadeira liberdade.
Giselle, aqui a sua postagem!
Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.
Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações, muitas desnecessárias, outras impossíveis.
Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.
O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado.
É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho.
Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo – ou em trilhas determinadas – feito hâmsteres que se alimentam da sua própria agitação.
Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença.
Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma.
Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém – como se amizade ou amor se “arrumasse” em loja. Com relação a homem pode até ser libertário: enfim só, ninguém pendurado nele controlando, cobrando, chateando. Enfim, livre!

Mulher, não. Se está só, em nossa mente preconceituosa é sempre porque está abandonada: ninguém a quer.
Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Logo pensamos na depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? Criança que não brinca ou salta nem participa de atividades frenéticas está com algum problema.
O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incomodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casas, trabalho e bar, praia ou campo.
Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?
No susto que essa ideia provoca, queremos ruído, ruídos. Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é pela distração.
Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconcerto nosso. Com medo de ver quem – ou o que – somos, adia-se o defrontamento com nossa alma sem máscaras.
Mas, se agente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre – em si e no outro – regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.
Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse:
- Fica quietinha, um momento só, escuta a chuva chegando.
E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para volta mais inteiro ao convívio, às tantas fases, às tarefas, aos amores.
Então, por favor, me deem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos.
(Extraído do livro Pensar é transgredir - Lya Luft, Record, 2004)
Crédito da imagem:Blog presidente-rei.
Se na sua viagem pelo ciberespaço você encontrou algo que mexeu com a sua emoção, ou com seus brios compartilhe! Se tem uma dica, utilidade pública, aquele poema ou artigo guardado na gaveta e gostaria de vê-lo publicado, mande pra cá. 
Gostou do assunto tratado aqui? Você pode ajudar, enriquecer este blog ou tocar o coração de alguém!
Envie pra mim, com a devida fonte, autor, etc.  E-mail: professorexpedito.radialista@hotmail.com
Comente também! A comunidade do Blog do Profex vai agradecer, com certeza!

Formulário de Contato - Expresse sua opinião. Retornarei!

Nome

E-mail *

Mensagem *

Veja as Postagens Populares do blog

blog do Profex - Feed

BLOG DO PROFEX

Aguardo você por lá!...

Informação Importante

Este blog - O Blog de Poesias do Profex - anexa ou linka textos da internet preocupando-se em dar o devido crédito a eles e sua origem. As imagens, na sua maioria são do banco de dados do Google, conforme indico junto às postagens. Quem se sentir lesado por uma exibição indevida, por favor entre em contato para que eu possa atribuir os respectivos créditos; ou ainda, se for o caso, retirar das páginas a postagem ou imagem em questão.

Espero portanto que se um leitor tiver a pretensão de usar uma matéria (ou parte dela), um poema (ou um excerto dele), faça da mesma forma, dando o devido crédito junto à elas, sob pena de se fazer valer a Lei de Direitos Autorais.


E-mail: profexclubmaxi@gmail.com e vitroladoet@gmail.com
Some images used on the BLOG DO PROFEX are taken from the web via Google Images, if by chance you find any here who is registered and of his own, let me know that I will be happy to credit! Thank you!

Quem Não Anuncia Se Esconde

Quem Não Anuncia Se Esconde
Entre em contato: 35 98847 1040

Uso de Cookies

"Este site usa cookies do Google para fornecer seus serviços e analisar o tráfego. Seu endereço IP e user agent são compartilhados com o Google, além das métricas de segurança e desempenho, para garantir a qualidade de serviço, gerar estatísticas de uso e detectar e eliminar abusos."