Zen, meio odara, como que à beira da morte!
-era como eu estava antes desta viagem;
pois desde que voltei à Minas estou quieto,
não tive a intenção de trocar de ares, juro!
A magia de todo sonho incendeia nossas vidas
e eu não era, até então, diferente de ninguém.
Mas cruzei os céus, numa quinta diferente:
era mais um dia incomum de manifestação...
Um avião partiu de mim, avançou no mundo
Então embarquei, foquei o zoom, numa missão:
À prova de fogo, por inteiro, me quedei!
Digo que naquela noite meu corpo tentara
se acalmar no chão frio do aeroporto.
Procurei respirar leve e ouvir o coração
e todo torto fiquei, varei as longas horas...
Sem sorte, não dormi; nem sei se cochilei.
Feito zumbi e sem medo, fiz o check-in
e embarquei de manhã bem cedo...parti!
Voei sobre as águas, fui ao Mar do Norte.
Foi então que dei conta de tudo aquilo:
todos os mistérios, simples ou medonhos,
as alegrias e as mágoas se apresentaram,
ali, bem à minha frente, em total prontidão.
Eu estava tranquilo, de coração e mente,
só o corpo se ressentia da noite mal dormida.
só o corpo se ressentia da noite mal dormida.
A chave era sair daquela zona de conforto.
Na doce alquimia da vida, vi uma semente
à espera de outro milagre surgir... calma.Para a magia do verbo e da transformação,
é preciso sintonia e liberdade de alma.
Recostei-me na poltrona da aeronave.
Boa semana a todos!