Vivemos colocando atributos onde não existem razões para isso. Vou falar do tempo. Qualquer atributo que venhamos a colocar nele soa um tanto quanto inconsequente. Tempo é tempo. E só! O resto corre por conta dos nossos percalços, das nossas idiossincrasias, atitudes, experiências, pensamentos e...
hormônios...apenas isso!
O tempo só está relacionado ao ESPAÇO, conforme bem nos mostrou Einstein em sua teoria da relatividade e não deveria nos afetar tanto.
Mas, não adianta! - estamos sempre colocando o tempo como algo importante em nossas vidas. Tempo certo, tempo errado. Perder tempo. Aproveitar o tempo.Tempos difíceis, tempos memoráveis. No singular e no plural. Como parceiro ou como vilão....
Mas ele por si só é vago. Apenas uma função matemática de uma teoria, aliás complicadíssima...
Mas parece que de vez em quando sentimos o tempo. Quando estamos ansiosos, na expectativa de que algo aconteça, o tempo parece caminhar a passos lentos. Se estamos numa festa, o tempo corre ligeiro. Essas sensações estão dentro de nós, mas o tempo é o mesmo, incorruptível, sem atributos nem comprometimentos.
Aliás a palavra expectativa, no dicionário, quer dizer: esperança baseada em supostas probalidades ou promessas. Ou seja, os atributos que colocamos no tempo são reflexos dos fantasmas que estão dentro de nós. São resultados. Sintomas. O tempo se é que existe, não interfere em nossa vida. Ou não deveria ...Na verdade ele desfila, isso sim, alheio e solene, impassível e sem atributos...
Dito tudo isso, quero complementar o seguinte: quando formos acometidos da vontade de colocar o tempo como responsável por qualquer situação em nossas vidas, já sabemos, não vai adiantar! Aliás, podemos interpretar esse sentimento da presença do tempo como um sintoma de que algo está REALMENTE acontecendo conosco.
Internamente.
E eis o MOMENTO (olha o tempo!) de empreendermos aquela viagem perene rumo ao autoconhecimento de uma forma eficaz; ou seja, tentando interpretar o que isso tem a nos dizer.
E então, fica por nossa conta, minha e sua, fazermos essa análise.E utilizar nossa experiência e conhecimento para aproximarmo-nos do nosso centro de equilíbrio.
Daí se conclui, depois de testarmos esses conhecimentos, que a melhor forma de viver é ignorarmos a existência do tempo. Ou não vê-lo "passar".
Já entendemos que ao vivermos situações prazerosas, -quando estamos de bem com a vida, se estamos "vendendo" saúde - em todas elas nos sentimos plenos, realizados! E não precisamos do tempo.Nem sentimos a sua presença. Ignoramos a sua existência.
...ou seja, não há, então, ESPAÇO para o tempo!
Mas nossos hormônios, comandados por nossos pensamentos, nos levam ao sentimento da presença do tempo. Nossas atitudes impensadas nos fragilizam - e o tempo pesa sobre nós. Nossos percalços e medos, nos jogam contra o tempo.
Mas, vejam bem, que em outras situações de conforto, de alegria, vitórias, ele desaparece ou é afugentado!...Ou literalmente, não existe!!
Então o que é o tempo? Apenas o pano de fundo das nossas idiossincrasias. Um fantasma ao qual insistimos atribuir qualidades que na verdade refletem o nosso estado interior, o nosso sentir e experimentar o mundo em determinada situação.
Pois então eu espero que você coloque o Tempo em seu devido lugar de importância.
Eu desejo que você APROVEITE isso que percebemos como tempo para se conhecer mais, encontrando o verdadeiro amor à vida, pois o Amor só vem com o Conhecimento. Que então, você se ame mais!
Que o tempo seja seu aliado e não mais um vilão. Que ele seja um espaço virtual, insípido, inocente, uma tela apenas, onde você e eu possamos fazer, num futuro próximo, a releitura das boas lembranças de hoje...
EU ESTOU TORCENDO POR VOCÊ!
Expedito G. Dias
(Obs: Tentativa de colocar em texto as mensagens feitas de improviso no final do meu programa diário de rádio, o ESPAÇO C3 - CLUBE DA COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA, na 87,9 FM-Rádio Princesa do Sul-Varginha-MG)
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O texto de hoje foi enviado por Silvana Biaso, de Lambari-MG, por e-mail:(silvanabiaso@hotmail.com)
