Este silêncio que minhas antenas apalpam
é uma fatia de céu que eu tentava, outrora,
memorizar naqueles meus antigos disquetes.
Com calma, revejo cada passo dessa história.
Com calma, revejo cada passo dessa história.
Daquelas tormentas, restam apenas
pequenos fragmentos de memória
que deslizam, já, sem traumas,
para a lata-de-lixo sob a mesa da maquete.
Esta calmaria soa como brisa refrescante!
É a saliva doce de um beijo esperado,
a torta de morango, o pudim de coco,
O tempo se quedou por um instante.
A dor da sua ausência se perdeu n'alguma esquina
e não vejo os tais vultos no corredor...
também não há mais por que esperar ou correr...
Aqui no chuveiro, nesta tarde incerta,
tento enxaguar a dor dessa alma vadia.
Neste estado de torpor, não raciocino
e nem procuro sentido para minha sina...
À guisa de perdão, finjo displicência...
Deixo escorrer pelo ralo todo meu passado.
Vejo planos aleatórios pendurados pelos varais,
ao olhar pela estreita janela aberta:
Um cenário novo para uma vida vazia.
que voltam á cena e pedem para atuar
alguns roteiros são antigos, porém,
alguns roteiros são antigos, porém,
surgem em nova e requintada roupagem.
Intencionalidades isentas de razão,
esquetes e sainetes ambíguos,,,
esquetes e sainetes ambíguos,,,
São filmes inéditos que precedem
uma nova temporada com você.
Estremeço diante dessa visão fascinante!
Depois, fecho os olhos e deixo-me levar
pela displicência, que chegou sem aviso,
nessa onda suave carregada de magia...
esconde um leque de possibilidades...
Sintonizo essa nova frequência.
Ouço de leve uma canção ao longe:
Não reconheço a letra,
mas gosto da melodia!
Autor: Expedito Gonçalves Dias
0014-Tortas e varais-(Escrito em 07-04-1992, em Lambari-MG, às 21:55 h)
0014-Tortas e varais-(Escrito em 07-04-1992, em Lambari-MG, às 21:55 h)
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