Soluça e chora quem tem amor distante,
mas por um instante saio de mim e olho pra fora.
De forma repentina todos os meus medos
fogem pelos vãos dos dedos, como areia fina.
E é na imensidão desse céu de puro outono
que estaciono meu olhar ...quanta solidão!
Lá está ela inteira toda cheia de si.
Mais que cheia toma toda a extensão do céu,
num amarelo pastel, mais que lua, lua e meia.
Num frenesi, escancaro de vez a janela.
Lua, que lua é essa que tanto me ignora?
Por favor, vai embora e deixa de promessa.
Não sabe essa orgulhosa que a solidão é um muro?!..
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...pois digo, prefiro o céu escuro a uma lua vaidosa!
Autor: Expedito Gonçalves Dias
(Escrito em Lambari-MG, em 06-11-2000, 21h)0035-Meus Poemas - Plenilúnio
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