O Segredo da Esfinge

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Sento-me então na praça com os pensamentos às avessas.
Acho que de nada vale meu telencéfalo desenvolvido
ou ter assistido as peças e filmes de grande conteúdo...
O que têm as mulheres afinal que nos desconcertam?
Sei da contumaz estratégia da cortina de fumaça
para que busquemos a esmo verdadeiros significados
e caiamos em desgraça num labirinto sem saída.
Medito um pouco e vou embora remoendo as idéias.
De nada adianta a pressa nem a pesquisa prolongada
nessa descabida vontade de entender o ser feminino.
Cada um vai ter a sua verdade quando for a hora.
A esfinge continua lá com seu segredo resguardado.
Para que serve o destemido polegar opositor,
de que vale isso tudo ou a quem interessa saber
das minhas dúvidas e da doída falta de respostas?
Olho para a esfinge e faço finalmente a pergunta:
O que queres, Ó Mulher? Diga e providenciarei!
(Nunca se esqueceria quem visse toda aquela cena...)
Ela vira-se e com o olhar que sobre mim nunca tive:
-Breve serei! Contente estou e falo por todas as mulheres;
Não me decifre, não vale a pena, AMA-ME SOMENTE!
Autor: Expedito G. Dias (Profex)
Escrito em Varginha, 08-03-2010, às 13:00 h
(fonte da imagem: google)