Tenho acompanhado o que acontece na Copa atual e fui buscar algumas curiosidades das outras e logo farei um resumo nesse nosso espaço.
Este ano, ao som tonitroante das vuvuzelas, vendo as coisas curiosas que acontecem nesse período febril e ao mesmo tempo alegre, tempo de congraçamento, de interação mundial, vou abrir um parêntese pra falar da Jabulani. Muita gente já falou, você vai dizer, existem páginas e páginas sobre a bola oficial dessa Copa. Concordo! Mas tem uma coisinha só que precisa ser dita...
Pois bem, este evento tem uma característica: tudo acontece muito rápido, e em poucos dias já temos um campeão. (Quem será?) E todos buscam uma forma de eternizar esse momento. Os patrocinadores, as grandes empresas querem marcar presença. Os músicos, também. Jogadores, técnicos, torcida. Todos envolvidos. Tudo fica OFICIAL. Hino oficial... cada país lança o seu. Todas as câmeras direcionadas em torno de cada lance. Acho mágico, tudo isso.
E temos então a BOLA OFICIAL DA COPA, há alguns anos! Detalhes técnicos encheram as manchetes, mostrando as qualidades inovadoras, aerodinâmicas, etc. Beleza, até que não. Já vimos bolas mais simpáticas...
Mas o que eu quero dizer é que todas as copas que perdemos arranjamos um jeitinho de culpar alguém. Já falei sobre isso em post anterior. E só checar aqui no blog.
Então na pesquisa que fiz achei interessante como o merchandising dessa bola foi longe! E ocupou um grande lugar na mídia. Parecia incontestávelmente a melhor novidade da Copa 2010!
E eu viajei no tempo, nos tempos da Mangueira lá no quebra, em Visconde do Rio Branco, Zona da Mata mineira, onde vivi a minha infância e jogava minhas peladas com a turminha querida de lá: Jorcelino, Magela, Ronaldo, Bolão, Zizinho... hoje a turma do Bloco do Abacatão, que você pode conferir em outros posts aqui no blog.
Nem sempre tinha uma bola cheia. Na verdade a bola oficial era uma de capotão, meio murcha. De vez em quando surgia uma bola nova. Era uma festa!
Se não tinha uma, a gente improvisava: papel amassado, enrolado em plástico, bem urdida com barbante e vamos que vamos!
E tinha folha-seca, trivela, gol de placa! Em nossos torneios nem tinha 4 juizes... aliás, nenhum!
E éramos felizes! Se o time de cá ganhava, comemorávamos ali no Sr Didi, comprando umas bombinhas pra estourar! E se perdíamos não tinha quem culpar. Nem a bola, nem os gandulas, nem a 'comissão técnica' , nem o clima, pois chovendo ou com sol....a gente estava lá. Firmes. Depois em casa é que eram elas: tinha correôes e vara de marmelo esperando por cada um de nós...
Bem os tempos são outros, o negócio agora é pra valer. Coisa de gente grande. Grandes interesses. Interesses de todo tipo e que nem sonhamos imaginar. Por isso é preciso arranjar um culpado caso a coisa saia dos trilhos.
Pois quem perder a Copa pode ficar tranquilo: a Jabulani não é infalível. Tem defeitos. Podemos colocar a culpa nela sim!...
Nasa testa Jabulani e confirma: bola é mais difícil de controlar - Saiu em O Globo
Vi notícia recente de que a Nasa testou a dita cuja e confirmou que ela é mais difícil de controlar, ou seja não é lá tão decantada. Claro que é melhor que a nossa bolinha murcha de capotão dos áureos tempos mas não é lá essa brastemp toda...
Mais detalhes:
O Globo - As reclamações dos jogadores com relação à Jabulani, bola feita pela Adidas para a Copa do Mundo da África do Sul, ganharam uma confirmação científica. Depois de vários testes, pesquisadores da Nasa concluíram que sim, ela é mais difícil de controlar com os pés e de ser parada pelas mãos dos goleiros. Segundo a Nasa, a nova bola, feita com apenas oito painéis unidos por calor, contra 14 da Teamgeist, bola da Copa da Alemanha, em 2006, ficou ainda mais rápida e imprevisível.
"- O que vemos é efeito disso - diz Rabi Mehta, engenheiro aeroespacial do centro de pesquisas Ames da agência espacial americana.
Mehta explicou que quando uma bola com a superfície relativamente uniforme atravessa o ar sem muito giro, as pequenas imperfeições das costuras produzem um fluxo assimétrico que gera forças laterais que levam a bola de repente para um lado ou fazem com que suba e desça repentinamente. De acordo com ele, a Jabulani tende "pegar" mais efeito a partir de velocidades entre 72 km/h e 80 km/h, contra apenas 48 km/h das antigas bolas com os tradicionais 32 gomos. Além disso, lembrou o cientista, muitos dos estádios onde estão sendo disputados os jogos estão bem acima do nível do mar. Com a densidade do ar menor, sua aerodinâmica é ainda mais afetada, com a bola viajando mais rápido..."
Tudo tranquilo, então. Se ganharmos, vamos brindar, celebrar, agitar, vai ser só alegria!
Se perdermos...culpa da Jabulani, ou do ar, do clima, da altitude, sei lá...
-Profex
Gostou deste post? Comente! Envie para um amigo!
(crédito da imagem: www.jabulaniball.com/ images/ Veja também: http://www.ubervu.com/conversations/extra.globo.com/ciencia/materias/2010/06/18/nasa-testa-jabulani-confirma-bola-mais-dificil-de-controlar-916921394.asp)