Da Pedra de Tropeço
à Pedra Filosofal (1a. Parte)
Faz um bom tempo que queria postar este poema, mas era um pouco grande. Paciência!
Resolvi dividi-lo em partes...
Muitos não sabem que o sonho é a matriz dos universos.
Por isso traço em versos, sem nexo -e até medonhos-
uma explicação convincente que, no espaço da dúvida
que surja nas mentes, se encaixe um definitivo conceito.
O sonho é uma constante da vida, um efeito natural
das lidas, contratempos e frustrações do dia a dia;
e embora o seu tecido seja sutil, diáfano e delicado
ele é de tal envergadura que perpassa tempo e espaço.
Vai além, passo a passo, sai em busca, irradia e atrai
os objetos de sua tessitura de forma tão concreta e definida,
como esta pedra cinzenta, em que me sento tão tranquilo.
Talvez eu seja um visionário, mas diga: quem não inventa?
Não é para distraí-lo que o faço, muito pelo contrário!
Fique atento ao encontrar a pedra do seu caminho
tome assento, entre na dança e veja lá! - não tropece...
O sonho é persistente, ultrapassa as eras e estações
e prevalece além das crenças, previsões e tratados.
Desde os tempos de criança ele nos acompanha
a exigir com afã e frenesi o seu total preenchimento.
É preciso estar preparado para entender o sentido
e a força dos sonhos em cada fase da existência.
O ritmo ligeiro da vida não nos afasta do ponto.
Ele está sempre ali, descabido, mas silencioso,
aguardando a evidência de uma pequena atitude.
E, entretidos em nossa sonolência não notamos,
Tropeçamos na pedra e despertamos simplesmente!...
Escrito por Expedito Gonçalves Dias (Profex)
Escrito em Varginha,10/04/2008 às 21:43 h
Escrito em Varginha,10/04/2008 às 21:43 h