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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mande a sua! - Dia da Terra



A matéria foi enviada por Raquel de Moura(rackdri@hotmail.com) e vem a calhar no dia que finda, 22 de Abril, em que se comemora o Dia Mundial da Terra.
Explicação:Em 1854, o cacique Seattle enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce, em resposta à proposta do governo de comprar uma imensa faixa de terra de sua tribo. A carta tornou-se famosa como um documento de profundo amor, respeito e carinho pela natureza...


CARTA DO CACIQUE -   A carta abaixo, do cacique Seathl – Seattle – mostra que, embora a Ecologia seja uma ciência nova, o raciocínio ecológico não foi criado pelos homens de hoje. Eis um trecho, no qual revela suas crenças, tradições e o apego a terra onde viviam e que provia seu sustento:

O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e de sua benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa da nossa amizade. Vamos pensar em sua oferta. Se não pensarmos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe em Washington pode acreditar no que chefe Seatlle diz, com a mesma certeza com que os nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como podes então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre coisas de nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença de meu povo. Sabemos que homem branco não compreende nosso modo de viver. Para ele, um pedaço de terra é igual a outro. Porque ele é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, é sua inimiga, e depois de a esgotar, ele vai embora. Deixa para trás a cova de seu pai, sem remorsos. Rouba a terra dos seus filhos. Nada respeita. Esquece o cemitério dos antepassados e o direito dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás só desertos. Tuas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho. Talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende. Se eu decidir a aceitar, imporei uma condição. O homem branco deve tratar os animais como se fossem irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser certo de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso do que um bisão que nós, os índios, matamos apenas para sustentar a nossa própria vida.  
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais desaparecessem, os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto fere a terra fere também os filhos da terra!.. 
-enviado por Raquel de Moura.
 Faltavam alguns minutos  para terminar o dia 22 de Abril quando abri o Hotmail e vi a matéria da nossa Internauta. E ainda deu pra salvar o texto dentro da data. A homenagem está feita! E mais uma vez, obrigado, Raquel! - Profex  (crédito da imagem - http://abnersblog.blogspot.com/2008_05_01_archive.html)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Meus Poemas - Sina de Árvore


Explodir de repente,
por um momento, romper o chão!
Buscar o sol com ganância,
de forma sábia e selvagem.
crescer....esparramar-se.

Sua vinda não será em vão.
Além de tornar útil a paisagem
vai dar sombra e alimento.
Será admirada e escolhida,
pesquisada, -coberta de confete!,
será tema naquela fútil reunião...

Cantada em prosa e verso,
vai até circular na internet
ainda por um bom tempo.

Parece que desde o início
seu destino foi traçado,
como todos neste mundo.

Torna-se mártir, sem defesa,
cedendo seu frágil corpo
ao suplício, ao golpe profundo,
-o corte implacável da lâmina!,
para ser abrigo, calor ou grana.

Será banida da natureza!
-percebe isso num relance.
Na ânsia de ser eterna,
solta então as sementes
e as deixa ir nas asas do vento,
ciente de seu ciclo completo. .


Aguarda, agora, o mágico instante
do reencontro com a Terra.
para explodir de novo, renascida,
rachando de vez o solo e o concreto
triunfante e prenhe de vida!
(Quem sabe, talvez, um dia
em novo tempo, nova aurora...)
Autor: Expedito Gonçalves Dias
(Escrito em Lambari-MG, em 07-08-1985, não registrei horário)
0029-Meus Poemas - Sina de Árvore - Crédito da imágem: http://viajantesmalemolentes.wordpress.com

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