Quem nunca desabou na incerteza
de uma noite sem estrelas de outono?
A beleza do céu se resumia na lua;
sem sono, fui para o corredor de fora.
O açoite na alma e o vazio na mente
dava o clima de angústia interior.
Desisti de olhar as pessoas na rua
e olhei pra cima em direção da luz.
Naquela hora o papel se inverteu
fiquei por um instante perdido, ao léu:
aquela lua que no céu se arrastava
me espreitava com seu olho gigante.
Minh'alma recebeu um refrigério
a mente se encheu de esperança
Percebi minha infinita pequenez,
vi-me assim, tão criança de repente!
O mistério já não me incomodava
meus olhos se encheram d'água
Olhei a rua com com outro critério:
Tudo ficou bem claro e permanente
depois que Jorge me acenou da lua!..
Autor: Expedito Gonçalves Dias (Profex)
Escrito em 26/03/2013, em Varginha-MG, às 08:15 h
Ilustração: Google Images
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