Dia dos Enamorados ficaria mais romântico. Dia em que deixamos aflorar sentimentos e fazemos declarações sinceras para alguém especial. Assim foi para muitos durante tanto tempo.
Sonhávamos com este dia e o carteiro trazia esperanças e sonhos numa carta. Perfumada, recheada de palavras doces, ritmadas e de frases rimadas e calientes. Carta que seria lida e relida várias vezes e depois cuidadosamente guardada como um tesouro...
Aqui, além do no nosso espaço de leitura do blog estabelecemos um verdadeiro portal. Dele podemos nos dirigir para quase todas as redes sociais e mandar aquele recado para a pessoa com quem queremos dividir esses nossos anseios, fantasias.
Mas o romantismo perdeu um pouco da poesia que o tornava tão especial. Temos hoje muita informação, muitas formas, muitas vias, muitos meios...mas parece que falta alguma coisa.
Sei muito bem, e você também, que o amor não precisa de tanto. Se a chegada do carteiro já era suficiente para acender todas nossas fantasias. O que mudou então?
Perdemos a ternura? Endurecemos nossos corações? A verdade é que perdemos o jeito, não sabemos mais exprimir nossos sentimentos.
Fica a reflexão para o nosso leitor.
Soneto de Maior Amor
Maior amor nem mais estranho existe
que o meu, que não sossega a coisa amada.
E quando a sente alegre, fica triste.
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
o amado coração, e que se agrada
mais da eterna aventura em que persiste
que de uma vida mal aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere.
E quando fere vibra, mas prefere
ferir a fenecer - e vive a esmo.
Fiel à sua lei de cada instante
desassombrado, doido, delirante,
numa paixão de tudo e de si mesmo...
-Vinícius de Moraes
-Vinícius de Moraes
Feliz Dia dos Namorados!
(Mais sobre a origem do Dia dos Namorados: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Namorados)
-Postado por Profex
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4 comentários:
Primeiro eu me apresento. Venho prestigiar o seu blog a partir do diHITT, onde passamos a ser amigos. Concordo com suas colocações quanto às pessoas que eram enamoradas, românticas, antigamente.
Eu acho que isso ocorria porque havia o "proibido". Então conquistando cada "espaço", íamos nos apaixonando cada vez mais, ansiando por um novo encontro, a fim de descobrir "mais um pedacinho" do que ficava escondido ou "proibido".
As cartas, fonogramas (sou desse tempo) ou telegramas, quando chegavam, colocavam o nosso coração em ritmo acelerado, para devorar as palavras escritas, que aguçavam ainda mais a paixão.
Hoje, como tudo é "permitido", perdeu a graça, virou banalidade, já em tenra idade.
Os valores foram extintos, acabou o romantismo, o cavalheirismo. Infelizmente.
É minha visão sobre o tema.
Venha me visitar lá nos blogs, será muito bem vindo.
Um abraço.
Zergui
Obrigado, Zerghi! Agora tenho estado diariamente na fantástica comunidade diHITTiana e vou visitá-lo claro. Quanto ao comentário, comungo sim com sua opinião e acrescento que temos de estar sempre acordando as pessoas e trazendo-as de volta para a condição humana. Muitos já viraram máquinas...Um abraço!
Olá Expedito.
Agradeço a retribuição de sua visita e enalteço a comunidade dihittiana, que nos possibilita conhecer tantas pessoas fantásticas.
Sua hospedagem abrilhantou ainda mais o grupo de seguidores de meu blog.
Aproveito o ensejo e parabenizo-o por engajar-se na blogosfera, para continuar humanizando pessoas.
Um abraço.
Zergui
Obrigado, Zergui! E continuarei enviando matérias, participando e recebendo aqui os amigos dessa simpática e fatástica comunidade! Um abraço!
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