Pouco me lembro dos detalhes,
-são um borrão-, opacos e vazios.
A lua de janeiro, a brisa de abril,as manhãs floridas de setembro...
eu digo, se vale pena confessar:
nada daquilo parece de verdade!
E, o que lembro dói, é um castigo!
São tardios reflexos de uma luz
ou os acordes de uma canção
que caiu de moda ou nunca existiu!
Essa febre terçã que me incomoda,
Aumenta de um jeito a indignação
e seus lábios pálidos estão mudos...
Se ainda ontem estive com você,
por que esta manhã tão cinzenta?
por que a inconstância e a crise?
Por que esta distância, por quê?...
Autor: Expedito Gonçalves Dias
Escrito em Varginha, 12/06/2012 - às 22 h
Fonte da imagem: Google Images
6 comentários:
O sol não tem a mesma luminosidade todos oa dias. Assim os estados de alma!
E dentro de si a paleta de cores é fantástica.
Belíssimo.
Abraço amigo
(...consegui...)
Lamento tocante de um Coração ferido que não entende....De repente orfão da felicidade que sentia, o sentimento se rebela, quer saber, quer entender....como se fosse possível. Não há como entender...não há o que entender. É tocar a vida, fazendo de conta que esta dor não esta doendo, que o punhal não está cravado no peito...E o silêncio, do outro, fazendo um barulho ensurdecedor...Parabéns! Colocar em versos dor tão profunda requer uma sensibilidade muito particular.
:>> Túlia, que bom que encontrou o caminho. Realmente há dias de mais sol, outros de menos. Há dias...
:>> Jussara, Que interpretação do lamento do poeta!
Às vezes, euforia. Outras, febres de doer. E assim vamos caminhando. Obrigado pela visita!
Eu que te tenho aqui do lado ando a notar que anda muito inspirado!!! Adoro...
Beijinhos
:>> Maluzinha, o poeta caminha segundo as fases da lua. Deve ser lua cheia! Bjx...
A saudade é a vontade de reviver o que foi vivido intensamente. E dói porque não há como reviver outra fez com a mesma intensidade. Valeu amigo Expedito.
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