O poema a seguir é a terceira parte de um texto feito há um tempo atrás. É o fim de uma trilogia. Os dois textos anteriores você pode ver em:
Pedra de Tropeço I - http://www.blogdoprofex.com/2012/06/pedra-de-tropeco-i.html - editado em 13 de Junho/2012
Pedra de Tropeço II - http://www.blogdoprofex.com/2012/07/pedra-de-tropeco-ii.html - editado em 27 de Julho/2012
É arco em ogiva, torre de catedral, máscara, magia,
retorta de alquimista, a terceira via; é a senda
dos que seguem seu caminho reto com firmeza,
dos que fazem da lenda pessoal seu alvo e sua meta,
mapa da infinita beleza no irresistível futuro,
o verdadeiro caminho, rosa dos ventos, estrela-guia...
Gerador de mundos e fundos, alto forno, atanor,
é o cadinho que cozinha o tão procurado segredo.
O sonho é o esboço que se consolida em pintura
formosa e transcendental, é ouro, canela e marfim,
é passo de dança ensaiado, bastidor, preparação,
é locomotiva que empurra, para-raios, aparato.
Vamos compreende-lo na dor do não-realizado,
no coração apertado, no sim que vira incerteza,
no fel do sentimento da falta e do premente vazio,
nas profundezas de um rio que não estava ali,
na boda não consumada, no virgem pavio perdido,
na escassez do bem tardio, na inflação em alta.