meio aluando e sondando horizontes
daqui e alhures no espaço sideral.
Considerando o movimento lá em baixo,
eu acho que é mesmo feriado nacional.
As pessoas vagam pelas estradas,
umas em carrões, e outras em fuscas.
Com seus faróis acesos no lusco-fusco da noite,
orientam-se pelos desafetos e rusgas,
rasgando caminhos, seguindo em frente.
-com suas armas e amuletos- que vai para a lida.
Muita fé, genuflexão, água benta e oração.
Se na mente e no coração a dúvida é tamanha,
não demonstram -até se acham donos da razão.
Pelas contas que eu faço, é o mesmo vetor,
Algo Invisível, que faz as coisas tão belas.
Pelas evidências, percebo que não é apenas o amor
que move este mundo louco e as estrelas.
Só mesmo daqui para perceber esta nua verdade...
Não sei ainda o que é, mas logo vou descobrir.
Se souber primeiro, seja meu amigo, me conte.
Tenho um monte de perguntas, mas a vida continua.
Mas até saber direitinho, digo sem piedade:
Vou continuar pendurado na aba da lua!
Autor: Expedito Gonçalves Dias
(Escrito em 15-05-2003, em Varginha, às 23:45 h)0008-Meus Poemas - Na aba da lua
Nenhum comentário:
Postar um comentário