Explodir de repente,
por um momento, romper o chão!
Buscar o sol com ganância,
de forma sábia e selvagem.
crescer....esparramar-se.
Sua vinda não será em vão.
Além de tornar útil a paisagem
vai dar sombra e alimento.
Será admirada e escolhida,
pesquisada, -coberta de confete!,
será tema naquela fútil reunião...
Cantada em prosa e verso,
vai até circular na internet
ainda por um bom tempo.
Parece que desde o início
seu destino foi traçado,
como todos neste mundo.
Torna-se mártir, sem defesa,
cedendo seu frágil corpo
ao suplício, ao golpe profundo,
-o corte implacável da lâmina!,
para ser abrigo, calor ou grana.
Será banida da natureza!
-percebe isso num relance.
Na ânsia de ser eterna,
solta então as sementes
e as deixa ir nas asas do vento,
ciente de seu ciclo completo. .
Aguarda, agora, o mágico instante
do reencontro com a Terra.
para explodir de novo, renascida,
rachando de vez o solo e o concreto
triunfante e prenhe de vida!
(Quem sabe, talvez, um dia
em novo tempo, nova aurora...)
Autor: Expedito Gonçalves Dias
(Escrito em Lambari-MG, em 07-08-1985, não registrei horário)0029-Meus Poemas - Sina de Árvore - Crédito da imágem: http://viajantesmalemolentes.wordpress.com
3 comentários:
Oi, seu blog está cada dia mais interessante!!! Adorei o poema Sina de Árvore! Bjs...
Obrigado, menina! Continue com a gente. Mande sugestões também, viu?
Um grande abraço pra você!
Beléssima forma de falar da natureza e do quanto ela é importante para a humanidade.É esta força de renovação que dificulta seu extermínio. Por quanto tempo, se nada fizermos?
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