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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Meus Poemas - Canaã





Por um momento, iluminam-se as noites mais escuras  
e máquinas aéreas superiores desenham riscos no firmamento. 
Ao fundo, os  corpos celestes do plano zodiacal 
indicam como ponteiros de um grande relógio 
que é chegada, então, a boa hora, 
bem no horário, com a precisão de segundos.
Mas são ainda pálidos os reflexos da ciência.
Nada revolucionário nos chega à razão, por ora. 
Apenas arriscamos balbuciar frases coerentes
em nossa elementar e primitiva forma de comunicação.
A mais avançada tecnologia conhecida 
gera apenas pequenos códigos lineares, 
sem sentido, e se queda diante da grandeza do Universo. 
Os homens da ciência com suas máquinas de lógica, 
criam o reverso da moeda, fantasia, pura ilusão.
Mas no fundo da alma do homem mais simples 
existe um elo que o liga ao mais alto da imensidão do infinito,
numa instância diferente, uma segunda religião.
A origem está sempre presente em cada ente vivo. 
Como uma marca, um selo. 
Um link a ser acionado à distância, 
uma semente que irá desabrochar na precípua estação.
E quando ele recebe o chamado, o incentivo,
vai com ganância em busca do seu destino.
Seus olhos se voltam em direção às estrelas,
pulsa o coração de ansiedade pura.
Cresce dentro de si o desejo da subida, de ascensão,
um desatino que o empurra em busca da identidade. 
É a redenção da crisálida que da poeira do chão
encara a face obscura do desconhecido,
suplicando por sua memória que lhe fora subtraída outrora...
Prevendo a sonhada liberdade, se arrepia.
É um momento de rara beleza! 
O mundo inteiro estremece!...
Num ato de coragem, a irisada borboleta alça seu vôo, 
sai do casulo terrestre indo adejar adiante noutros sítios,
terras iluminadas por outros sóis, numa tardia viagem.
Livre das algemas, despe-se também dos dogmas, 
voeja a céu aberto para longe do cativeiro.
Não precisa de bagagem nem de mapa, 
pois conhece a direção natural fornecida pelos arrebóis, 
nas manhãs da nova consciência.
As máquinas da providência lhe darão o maná, 
quando necessário, em esquemas já definidos.
 








Sente-se serena, sem medos ou vaidade, a sua alma feminina.
Curte tranquila esse despertar e se extasia diante da nova cena.
Reconhece-se como sendo um rebento da terra prometida, 
no desvão sideral que a sua própria imaginação ousou criar.
Tem agora diante de si outra luz e o mapa da caminhada, 
Sua alma se contagia: desta vez sente que vai valer a pena! 

Um programa então se instala. 
Seus neurônios decifram a rotina
A verdadeira humanidade ganhou mais uma aliada!
Autor: Expedito Gonçalves Dias
0015-Canaã-(Escrito em 06-04-92, em Lambari-MG)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Meus Poemas - Quereres


A glória do dia se foi bem mais tarde.
A minha mais nova poesia, há pouco tão forte, 
já envelheceu - assisti, com descaso, 
a entonação da última rima.

Anoiteceu. Já não arde o corte.
Foi-se embora o sufoco...

Perco-me na neblina.
Um fantasma despido segue, 
sem destino, no meio do nada.
Minha identidade expirou.
Meu plasma se exauriu.

Sei que havia um tempo,um dia...
mas, há séculos não ouço o tic-tac de um relógio.
Confesso que eu queria mais um destaque,
um episódio apenas: num capítulo de um livro qualquer.
Numa cena de filme classe b, 
ou ser citado numa trilha de novela do SBT.

Apenas uma chance de acreditar no destino.
Quem sabe ter sonhos (acho que já os tive um dia...).
Não sei de mais nada. A memória se esgotou.
Estou sem pilha.
Desandei.

Desatinos, pesadelos, imagens desfocadas,
nada de horizontes nesta ilha.
Sôfregos desejos, fragmentos sem sequência
de uma fita irreconhecível, sem registro, sem data...
Tudo desandou.
Pane no sistema!
Paciência... 

Mas eu queria sim.
Quem sabe algo bem mais simples.
Um momento fugaz. Uma emoção banal,
chinfrim, dessas de folhetim, de novela.

Paixão?...-nem pensar!
Nada de frenesi, de estupor,
nem mesmo aquela suave tontura
ou suave rubor e arrepio.

Volto à realidade: Tudo aqui é tão frio.
Sem perspectiva, sem idade, sem futuro.

Mesmo assim eu queria... 
Sigo pela rua: nehuma alma viva.
Todos se foram sem piedade.
Sem aviso, fiquei no escuro,
a sós...com meus desejos.

Resolvo caminhar pela cidade vazia.
O sol brilha lá em cima. Mas sou apenas um vulto.
Um espectro sem sombra em plena solidão do meio-dia.

Sinto que tudo parece combinar comigo.
Recuso-me a aceitar isso.
Definitivamente não me adapto à esta realidade.
E sinto medo. 
Medo de ser tarde para contar meu segredo.
peito aberto, verdade nua.

Mas vou contar...
Eu quero sim, com o que me resta,
na zona-morta do nada,
neste memorável momento
decretar a eternidade 
dar um beijo na lua!
Autor: Expedito Gonçalves Dias
(escrito em 29-07-2007-Varginha-23:15 h, em casa)
0002-Meus Poemas - Quereres

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