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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mande a Sua! - Obesidade Mental

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Pra começar bem a semana eu publico o texto enviado por Raquel de Moura de Varginha-MG, por e-mail, rackidri@hotmail.com. Trata-se de um desses textos que circulam na Net. Se você gostar, comente e faça a divulgação também, já que este assunto é tão relevante!
Raquel, aqui a sua postagem! 
Pois é pessoal...
Todo mundo se preocupando em ficar magrinho...
Mas quando a obesidade é mental e moral... Aí é que fica mais complicado passar na tal "porta estreita"...
Sei não... penso que o texto abaixo vem revolucionar os nossos batidos conceitos de dieta.
Vale a pena conferir!!!
Com o carinho de sempre, 
Raquel.

A Obesidade Mental - Andrew Oitke
Por João César das Neves
O prof.  Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.
Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola.
«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.»
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.
«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam.
É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.»  
(crédito das imagens: contosdeumquotidiano.blogspot.com; cerebrodebanana.wordpress.com; onobelfelipense.blogspot.com)

a partir de 07/12/10 
-Autor: Expedito Gonçalves Dias (Profex) 
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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Meus Poemas - Ponto de Fuga


Ao longe, um pouco acima do meio da paisagem
uma convergência atrai minha atenção.
Este ponto, sem mesmo eu querer,
orienta cada ação ou propósito
que ensejo nesta tresloucada vida
como que demarcando minha sina.
Um arrepio, uma pequena advertência,
uma aragem sempre me avisa
se por acaso, ou se decido seguir outra meta
e sair da programação.

Ao longo das avenidas, distraído, não sei de nada;
Só desta distância consigo enxergar
as falsas retas e as curvas enganosas, 
as fantasias, os desacertos e os excessos.
Uma  nova linha converge agora
para o ponto centra da paisagem:  
ouso incluir no script uma idéia revolucionária!
Relâmpagos e trovões surgem no horizonte.
e uma linha imaginária me adverte do perigo.

Aprendi com o tempo a lição,
é assim que acontece:
Com cuidado e bom senso eu consigo
a curva que retorna, a reta perfeita. 
De outra forma, se tento extrapolar, sair, 
atravessar os limites predefinidos, 
percebo que a estética se desequilibra, 
as linhas se curvam e o caos se estabelece:
O significado então se esconde, 
e tudo se  torna obscuro e sem sentido...
É preciso leveza e cautela,
-mais ainda: fibra e sabedoria!...-
para compor com brilho, em parte e no todo,
as nuances e os detalhes dessa aquarela.
Com eles, a paisagem ganha textura e beleza.
Para ter então mais sabor e arte,
acrescento uma lua, algumas estrelas...

Aprendo de vez a pertinente lição
que comigo já trazia de cor:
Só é possível prever um futuro
...se não sairmos dos trilhos!

É preciso leveza e cautela,
-mais ainda: fibra e sabedoria!...
Por isso vivo como um monge,
embora mantenha meu empenho.
Afasto-me silenciosamente
para ver cada linha do desenho, 
bem aqui, ao longe,
da janela dessa  torre de vigia!

Autor: Expedito Gonçalves Dias
(Escrito em Lambari-MG, em 12-06-1989, 21h)
0031-Meus Poemas - Ponto de Fuga - (crédito da imagem: http://belvedere.bruno.zip.net/arch2007-12-16_2007-12-22.html)

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