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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

CONSTATAÇÃO

Constatação



 No princípio era apenas a palavra oca, estéril e vazia.

E um sopro inteligente fez dela um grande milagre;

e, dessa magia, surgiram as coisas e seus afins!

E o Verbo-luz por ser divino viu que tudo era Bom.

Criou Ele em seguida um homem solitário

e o colocou em seus jardins para desfrutar a vida.

 

Faltavam cores. Teve então uma grande ideia:

co-habitou n'Ele, em sua graça, o primeiro casal.

Aí, sei lá, alguma coisa aconteceu nos bastidores...

À Sua semelhança se diz que Ele nos fez falantes e nós,

de outra geração quiçá desconhecida,

descobrimo-nos, logo, também criadores:

buscamos uma folha de parreira para enfeite!

 

Tudo se repete como no paraíso, até as reticências...

De meninos, crescemos e nos vem a companheira,

para ser amada, para nosso consolo... e deleite!

E na esteira dessas consequências aqui estamos,

ainda feito crianças sem entender quase nada...

Nos distinguimos dos animais, viramos adultos.

 

Queremos fazer história, a diferença, fazer amor.

Inauguramos estradas, criamos leis, forçamos a barra,

mas nos esbarramos no corredor, sem memória.

Criamos empréstimos, cobranças, sentenças e indultos.

Construímos pódios, aperfeiçoamos o barbitúrico,

disseminamos a droga e nos enfeitamos com o lucro,

brincamos com o ácido sulfúrico e o bicarbonato de sódio,

nos recolhemos no inverno e no verão saímos da toca.

 

Inventamos a família, assamos bolos, enfeitamos a sala,

recebemos os amigos, vemos TV, fazemos fofoca,

criamos as redes sociais, os amigos ideais... os virtuais!...

E (às escondidas) torcemos pelos heróis do bial no bbb.

Para nos garantir, aos inimigos enviamos os mísseis,

a injúria, a pena de morte e as armadilhas mortais.

 

Inventamos regras, estatutos, o Carnaval e a farra,

 mas quebramos a jarra, as regras e os protocolos.

Criamos o rosário, a reza e acendemos nossas velas,

para nos redimir frente aos tolos por nossas falcatruas.

Criamos o dinheiro para encher nossos bolsos e a escravidão,

claro, para manter, de vez,  bem claro as diferenças.

 

Se, com medo fugimos, rapidinho, pro porão;

pintamos a cara, saímos à rua, agradando ao patrão.

Criamos crenças, a arte, o calabouço e a cela.

E ainda o céu e o inferno para poder negociar.

Pois não importa o teor - mas o valor da comissão.

Ah! E para mamar, criamos a política e a as tetas!

Trocamos o campo pela frenética vida da cidade.


Olhamos pro céu procurando o décimo planeta,

perdemos tempo inventando quimeras no porvir,

 inventamos os mundos mentais, sereias, fadas,

nos enganamos procurando pela felicidade.

A Ética, a Estética, vieram pra nos confundir.

Mas não estamos nem aí. Nem para a Genética,

nem mesmo pra tal Alegria ou Felicidade,

pois perdemos a Fé! Se é que a tivemos um dia...

 

Observamos estrelas enquanto pisamos a areia,

somos mesmo irresistíveis, impossíveis, invencíveis!

Lá no fundo sabemos o que é certo, o que é balela,

o que é fome de verdade e o que é barriga cheia.

E se o que queremos não vem, buscamos à bala!

Mas é uma calamidade essa certeza que não se cala:

Como é tão doce o fruto daquela árvore mais bela!

 Expedito Gonçalves Dias (@profex)

IMAGEM DO GOOGLE

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Meus Poemas - Ponto de Fuga


Ao longe, um pouco acima do meio da paisagem
uma convergência atrai minha atenção.
Este ponto, sem mesmo eu querer,
orienta cada ação ou propósito
que ensejo nesta tresloucada vida
como que demarcando minha sina.
Um arrepio, uma pequena advertência,
uma aragem sempre me avisa
se por acaso, ou se decido seguir outra meta
e sair da programação.

Ao longo das avenidas, distraído, não sei de nada;
Só desta distância consigo enxergar
as falsas retas e as curvas enganosas, 
as fantasias, os desacertos e os excessos.
Uma  nova linha converge agora
para o ponto centra da paisagem:  
ouso incluir no script uma idéia revolucionária!
Relâmpagos e trovões surgem no horizonte.
e uma linha imaginária me adverte do perigo.

Aprendi com o tempo a lição,
é assim que acontece:
Com cuidado e bom senso eu consigo
a curva que retorna, a reta perfeita. 
De outra forma, se tento extrapolar, sair, 
atravessar os limites predefinidos, 
percebo que a estética se desequilibra, 
as linhas se curvam e o caos se estabelece:
O significado então se esconde, 
e tudo se  torna obscuro e sem sentido...
É preciso leveza e cautela,
-mais ainda: fibra e sabedoria!...-
para compor com brilho, em parte e no todo,
as nuances e os detalhes dessa aquarela.
Com eles, a paisagem ganha textura e beleza.
Para ter então mais sabor e arte,
acrescento uma lua, algumas estrelas...

Aprendo de vez a pertinente lição
que comigo já trazia de cor:
Só é possível prever um futuro
...se não sairmos dos trilhos!

É preciso leveza e cautela,
-mais ainda: fibra e sabedoria!...
Por isso vivo como um monge,
embora mantenha meu empenho.
Afasto-me silenciosamente
para ver cada linha do desenho, 
bem aqui, ao longe,
da janela dessa  torre de vigia!

Autor: Expedito Gonçalves Dias
(Escrito em Lambari-MG, em 12-06-1989, 21h)
0031-Meus Poemas - Ponto de Fuga - (crédito da imagem: http://belvedere.bruno.zip.net/arch2007-12-16_2007-12-22.html)

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